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Sinusite

Por definição, sinusite é a inflamação dos seios paranasais. Porém, como praticamente em todos os casos a inflamação também se estende a cavidade nasal, o termo mais aceito seria Rinossinusite.

Podemos classificar as rinossinusites pela sua causa.

Ou seja, uma inflamação dos seios paranasais causada por uma infecção por vírus seria uma rinossinusite viral, que é popularmente conhecida como gripe ou resfriado.

Se a inflamação tiver uma causa alérgica, teremos uma rinossinusite (ou rinite) alérgica. Se a causa for uma infecção por fungos, uma rinossinusite fúngica.

E finalmente, nos casos em que a causa seja uma infecção por bactérias, temos as rinossinusites bacterianas. Este subgrupo corresponde ao que se convencionou chamar de “sinusite”, e é o que iremos discutir mais aprofundadamente neste espaço.

As rinossinusites bacterianas podem ser sub-classificadas de acordo com o tempo dos sintomas. Se eles permanecerem por menos de 12 semanas, rinossinusite aguda, e se por mais de 12 semanas rinossinusite crônica.

Rinossinusite Aguda

As rinossinusites agudas normalmente aparecem depois de um quadro de gripe, resfriado ou crise alérgica. Após 5 a 7 dias o paciente apresenta piora ou pouca melhora dos sintomas, a secreção nasal torna-se amarelada ou esverdeada, O paciente apresenta dor de cabeça e tosse.

Estes casos quase sempre se resolvem com tratamento medicamentoso adequado, por vezes necessitando do uso de antibióticos.

 

Uma boa maneira de evitar que o seu resfriado evolua para uma rinossinusite bacteriana é fazendo lavagens nasais freqüentes com solução salina (soro fisiológico). Quase sempre estes casos são auto-limitados e apresentam melhora rápida. Quando há alguma complicação, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica. As complicações mais freqüentes são as orbitárias (na região dos olhos) e as intracranianas.

 

Casos de rinossinusites agudas que apresentem dor de cabeça muito intensa, inchaço nos olhos ou diminuição da visão devem ser investigados e tratados de forma emergencial.

Rinossinusite Crônica

As rinossinusites crônicas normalmente ocorrem quando o paciente tem algum fator predisponente. Isto pode ser uma alteração anatômica (desvio septal, concha média bolhosa), quadros alérgicos, deficiências imunológicas, exposição a ar-condicionado, tabagismo ativo ou passivo e outros. Nestes casos, pouco adianta tratar a crise do paciente se não se resolver o problema de base. Quando há falha do tratamento clínico, é realizada a cirurgia funcional dos seios paranasais para melhorar a aeração e drenagem dos seios. Um subtipo da rinossinusite crônica é a polipose nasal. Nestes casos há formação de um tecido de aspecto gelatinoso que ocupa as cavidades nasais e os seios paranasais e quase sempre há necessidade de removê-lo para se conseguir uma adequada aeração e drenagem dos seios.

A simples retirada porém, não garante a cura, sendo necessário manter o tratamento clínico criterioso a longo prazo para impedir que os pólipos cresçam novamente.

Claramente ainda não chegamos ao limite desta técnica e a cada dia novas indicações vão surgindo, sendo uma das mais recentes a abordagem de lesões de processo odontóide e da coluna cervical por via transnasal. Além dos tumores, outras doenças também permitem essa abordagem, como por exemplo as fístulas liquóricas, que podem ser espontâneas ou traumáticas. Nestes casos, temos uma comunicação anômala entre o sistema nervoso e a cavidade nasal, causando a saída do líquor (líquido que envolve o cérebro, coluna e as meninges) para o nariz. As fístulas quando não tratadas podem causar casos de meningite que podem ser fatais.

Dr. Fabrizio Romano

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